Quem é Kathrine Switzer e como ela mudou a corrida feminina?
Em 19 de abril de 1967, Kathrine Switzer, de 20 anos (babador número 261), alinhou-se para correr a Maratona de Boston em um momento em que as mulheres não tinham permissão para competir. Na milha dois, um oficial de corrida tentou impedi-la, mas Switzer terminou em 4:20, fazendo história. Ela correu 39 maratonas, vencendo a Maratona de Nova York em 1974, e liderou a campanha para obter o status oficial das mulheres em corridas de distância. Em 2015, ela lançou 261 Fearless, uma iniciativa que usa a corrida para empoderar as mulheres. Conversamos com Switzer para falar mais sobre como a corrida feminina mudou:
O QUE DEU A VOCÊ A CONFIANÇA NAQUELE DIA?Eu corro desde os 12 anos. Isso me deu uma sensação de realização. Quando eu tinha 19 anos e treinei muito pela primeira vez, meu treinador e eu percebemos que quanto mais corria, melhor eu era. Eu poderia me defender contra os caras quando comprássemos.
VOCÊ ESTAVA FAZENDO UM PONTO EM BOSTON?Eu era apenas uma criança que queria correr sua primeira maratona.
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COMO ELE MOLDOU O CURSO DA SUA VIDA?Na corrida, fiquei me perguntando por que outras mulheres não corriam e então me dei conta de que elas tinham medo de tentar porque haviam ouvido todos esses mitos de limitação e acreditavam neles. Eu sabia que se eles tivessem a oportunidade de tentar, eles responderiam. E foi isso que decidi fazer da minha vida, tentar criar oportunidades e divulgar.
Qual foi a sensação de estar de volta à linha de largada de Boston para o 50º aniversário da corrida em 2017?
Eu estava nervoso, mas também animado. A corrida não era sobre um tempo de chegada; foi uma celebração, inclusão e gratidão. Corri para agradecer a uma corrida, a uma cidade e a milhares de pessoas maravilhosas que tanto fizeram para dar força às mulheres.
O que você adora em correr?
Isso me dá tudo. Saúde e boa forma, é claro, mas também acalma minha alma, me torna poderoso, criativo, destemido, livre e grato. Não importa o quão ruim seja um dia, uma corrida torna tudo bom. Correr também ajudou a aliviar muito o estresse de formar o 261 Fearless. Como qualquer start-up, uma organização sem fins lucrativos é um trabalho árduo, e posso não ver alguns dos frutos desse trabalho em minha vida. Correr me dá perspectiva.
O que a corrida pode oferecer às mulheres?
Destemor! A maioria das mulheres no mundo vive em uma situação de medo. Quando você coloca um pé na frente do outro, tem uma noção de sua própria força. Há um motivo pelo qual correr está se tornando um esporte feminino: não porque essas mulheres querem ser olímpicas, mas porque querem ser livres. Esse empoderamento por meio da corrida mudou a vida de milhões de mulheres.
As mulheres corredores são discriminadas atualmente?
A situação não é tão ruim quanto era nas décadas de 1960 e 1970, mas é uma pena que exista. No entanto, por milhares de anos, as mulheres foram consideradas objetos sexuais e as mulheres poderosas como ameaças, então veja o quão longe chegamos nos últimos 50 anos. Isso continuará a melhorar à medida que as mulheres continuarem a correr em público e os homens se acostumarem a vê-las. O mais difícil de superar são as restrições culturais, religiosas e sociais em muitos países. Mas mesmo isso está mudando – nas Olimpíadas de Londres, todos os países eram obrigados a ter pelo menos uma mulher em uma seleção nacional para poder participar. Tenho certeza de que correr libertará muitas mulheres dessas correntes. É disso que trata o 261 Fearless.
Conte-nos mais sobre a organização
Nosso objetivo é criar uma comunidade de mulheres que possa ajudar a empoderar outras mulheres. Temos uma rede de comunicação e 261 clubes Fearless em todo o mundo, incluindo vários começando no Reino Unido. Acreditamos que se as mulheres puderem trabalhar juntas em um ambiente sem julgamentos e sem competição, elas terão essa sensação de empoderamento. Também fazemos parceria com eventos que abraçam nossos ideais e teremos um evento 261 Fearless no próximo ano na China.
Quais são as principais mudanças que você viu na corrida nos últimos 50 anos?
O BOM:
- A aceitação das mulheres.
- Igualdade total de corrida nas Olimpíadas.
- Prêmio igual em dinheiro.
- A compreensão da grande habilidade das mulheres e, talvez, do potencial superior na corrida de resistência.
- O sutiã esportivo (um trabalho em andamento, mas ainda …).
- A melhoria no tênis de corrida.
- Estações de água em corridas.
- Grupos como o Parkrun, onde você pode simplesmente aparecer e participar.
O MAL:
- Drogas. O maior flagelo do nosso esporte.
- Muitas corridas são tão grandes que você nem consegue encontrar espaço para correr. E as pequenas raças lutam para ser levadas a sério.
- O preço das entradas na corrida. Com viagens e acomodações, isso significa que você precisa ser rico para participar. Isso divide a comunidade de corrida.
- O declínio no atletismo local. Todos os funcionários têm 90 anos – poucos jovens se voluntariam.
- A perda do senso de comunidade como resultado de menos competições de clubes. É apenas “mostrar e agitar seu código de barras”.
A escritora britânica Joanne Kathleen Rowling nasceu na cidade de Yate, nas proximidades de Bristol, na Inglaterra, em 31 de julho de 1965. Ela se tornaria célebre pela criação do bruxinho Harry Potter, que lhe renderia sete volumes de uma série premiada e aceita quase unanimemente pela crítica e pelo público.
Desde cedo a autora cultivava o gosto da leitura, e vários escritores despertaram na menina o desejo de ser uma escritora. Durante a infância ela nutria um amor incondicional por seus avós paternos, seus prediletos. Sua avó, Kathleen Ada Bulgen Rowling faleceu quando a garota tinha apenas 9 anos. Em sua homenagem, Joanne adota seu nome, representado pela letra ‘K’, para completar seu nome artístico – J.K. Rowling.
Atendendo aos apelos de seus genitores, a criadora de Harry Potter cursou Língua e Literatura Francesa na Universidade de Exeter, ao invés do curso de língua inglesa que pretendia fazer. Após sua graduação, ela deu sequência à formação na capital francesa, aí permanecendo durante um ano. Voltando à Inglaterra, começou a trabalhar na Anistia Internacional em Londres, como secretária bilingue e investigadora. Ansiando por concretizar seu sonho de escrever, deixou o cargo e foi para Portugal no ano de 1991.
Augusta Ada Byron King, mais conhecida como Ada Lovelace devido a seu titulo de Condessa de Lovelace, foi uma mulher, mãe, matemática e escritora brilhante. Postumamente conhecida como encantadora de números, mãe dos softwares e criadora do primeiro programa de computadores da história. (tantos títulos quanto Daenerys Targaryen)
Nascida em 10 de dezembro de 1815 em Byron, Londres, Ada era filha única legítima de Anne Isabella Byron, matemática de família nobre e Baronesa de Wentworth, e Lord Byron (sim, aquele poeta romântico, escritor de uma das versões de Don Juan). Mas antes que Ada pudesse completar 2 meses de vida, seus pais se separaram e seu pai deixa a Inglaterra quatro meses depois.
Byron morre quando a filha teria 8 anos de idade, durante a Guerra de Independência Grega, e Ada só viria a ver um retrato do pai após seus 20 anos de idade.
Numa tentativa de impedir com que a filha desenvolvesse a insanidade que ela via em Lord Byron e as perigosas tendências poéticas, além do interesse pelo pai, Anne buscava manter Ada ocupada com os estudos em música e matemática, em particular a lógica matemática. E, mesmo que para os costumes da época Anne devesse posar como boa mãe, sabe-se que a relação das duas não era lá muito boa.
Em uma carta de Ada para sua mãe, quando já tinha por volta de 30 anos, Ada escreve: “if you can’t give me poetry, can’t you give me “poetical science?” ” (Se você não pode me dar poesia, não pode me dar ciência poética?) .
Aos 12 anos, fica fascinada por aves e pássaros, e desenha um pássaro mecânico que bate asas, publicando um livro com seus estudos, observações e ilustrações chamado Flyology.
Quando ainda jovem, Ada conhece Charles Babbage, que na época, direcionava todos os seus esforços no desenvolvimento da Máquina Diferencial e daí surge o protagonismo de Ada no desenvolvimento do primeiro algoritmo.
Ada casa-se aos 20 anos com William Lord King, que foi nomeado Conde de Lovelace em 1838, e torna-se Condessa de Lovelace. Em 1952, morre de câncer de útero, aos 36 anos de idade e deixa três filhos: Byron, Anabella e Ralph.
Na matemática…
A história “mais interessante”, começa aos seus 17 anos, quando Ada conhece Mary Sommerville, também matemática e cientista inglesa que traduziu e colaborou com os trabalhos de Laplace e foi a primeira mulher a entrar para a Sociedade real de Astronomia junto com Caroline Hershel. Mary se tornaria sua amiga e mentora.
Em um dos jantares em que Ada participa, convidada por Mary, ela conhece Charles Babbage (matemático criador da Máquinas Diferencial e Analítica) e durante o jantar, Babbage comenta sobre seu novo projeto: a máquina diferencial que tinha como objetivo realizar cálculos de polinômios de forma mecânica (lembrando que nessa época, ainda não havia energia elétrica), e Ada fica muito entusiasmada com o assunto. Junto a isso, ao visitar os parques industriais britânicos, Ada se interessa pelo tear mecânico de Jacquard, uma máquina que utilizava cartões perfurados para comandar a criação de padrões nos tecidos produzidos. Mas de início, a parceria entre os dois não ocorre.
Após ter se casado e dado a luz à sua filha, Ada adoece, com a saúde muito frágil, e volta a estudar matemática sob tutoria do matemático Augustus de Morgan, pioneiro no campo da lógica simbólica.
Ada também se reaproxima de Babbage, e fica a par que sua nova ideia, a Máquina Analítica, que após o desenvolvimento da máquina diferencial, prometia desenvolver uma variedade de operações complexas, mas enquanto Babbage pensava em números, Ada percebeu um potencial para processar também símbolos, incluindo notações musicais e artísticas.
A maquina analítica só pôde ser construída após a morte de Charles, e não pode sair do papel antes por questões políticas, financeiras e etc. Apesar da máquina não ser construída durante a vida de Charles, em 1985 um professor da Universidade de Sydney, Allan G. Bromley, estudou o projeto de Babbage com o apoio de Doron Swade, curador do The London Science Museum, puderam construí-la em um período de 17 anos. A máquina possuía a mesma estrutura dos computadores atuais, com dispositivos de entrada, processamento e saída de dados (o que faz com que muitos considerem Babbage como pai do computador).